Para os crentes,
a oração é a construção de uma linha direta com Deus, enquanto que, para os
ateus, é um tempo perdido e nada divertido. E no meio dessas perspectivas,
existem outras, como os que oram por medo do inferno ou motivados por desejos
(as famosas "orações pedintes"), mas não é nessas searas que quero me
meter.
Esses
dias, fiquei pensando no quanto de química existe na oração. Afinal,
tudo que fazemos ativa e desativa substâncias corpo afora; desde uma olhada tímida
para a lua até o ato de correr na maratona de são silvestre. Essas coisas
objetivas que fazemos inevitavelmente despertam químicas, talvez desconhecidas
por nós, que percorrem as tantas rotas do nosso pequeno grande organismo.