sábado, 17 de maio de 2014

Outro dia, estava eu a andar de bicicleta, quando leio a placa numa casinha simples: "vende-se chup-chup. 50 centavos com suco, 80 centavos com leite".

Bateu uma nostalgia danada da infância e pré-adolescência, quando eu e meus amigos comprávamos chup-chup nas casas da vizinhança, as vezes chamando até mesmo de madrugada, fizesse frio ou calor. Tinha de morango, chocolate, coco, meu preferido era um rosa de creme holandês, cujos ingredientes ainda hoje me são desconhecidos, mas o sabor permanece memorável.

Parei como um menino em frente a casa. Enquanto contava as moedas animado, me peguei pensando "mas, peraí, com que água eles fazem o chup-chup? É feito com suco de pózinho, esses vagabundinhos de marca genérica? Polpa de fruta é que não é! E chup-chup de leite? Mas eu não tenho tomado leite! E se eu passar mal?"

"Ah, Rafael, você está ficando velho", constatei enquanto voltava a pedalar.

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